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Saúde

Para se combater o câncer, o melhor remédio é a prevenção

21 maio 2012 - 23:16

Epidemia mundial, o câncer é uma doença que requer uma multiplicidade de ações para conter o seu crescimento. O combate a essa doença não é uma cruzada utópica, pelo contrário, controlar as neoplasias que hoje acometem mais de 12 milhões de pessoas e que matam mais de sete milhões, em todo o mundo, a cada ano, é um dos principais desafios a ser superado por governos e entidades de saúde tanto públicas, quanto privadas, como também pela sociedade civil. Nesse contexto, a principal medida a ser adotada é a prevenção.

Atualmente, a doença é a segunda causa de morte no Brasil e a primeira em um grande número de países desenvolvidos, fazendo mais vítimas que a Aids, a malária e a tuberculose juntas. Nós últimos onze anos deste começo de século, o câncer matou mais que a Segunda Guerra Mundial, considerada pelos estudiosos o mais mortal dos conflitos de que se tem notícia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão é que este ano, em território nacional, em torno de meio milhão de indivíduos adoeçam em razão do câncer. Diante deste quadro, a saúde pública nacional, estadual e municipal tem buscado formas efetivas para evitar milhões de mortes prematuras, principalmente, através da sensibilização e educação sobre os fatores de risco do câncer.

Ações

Consciente do seu papel, o Hospital Alberto Cavalcanti, da Rede Fhemig, referência estadual no tratamento do câncer, tem desenvolvido ações que visam alertar as pessoas para a dimensão do problema. Em outubro de 2011, através do “Desfile Rosa”, que alcançou grande repercussão na mídia local, o hospital colocou na agenda da população do estado a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Neste ano, a instituição pretende desenvolver medidas capazes de incentivar a formação de pesquisadores em oncologia, além de instituir um ambulatório de suspeição de câncer, projeto que ainda encontra-se em fase de desenvolvimento e que terá como objetivo estabelecer o diagnóstico precoce da doença, uma vez que um, em cada três casos, pode ser prevenido se for detectado com antecedência.

Desafio Global

Especialistas da saúde, em escala global, chamam a atenção para o fato de que tanto o controle quanto a prevenção do câncer devem receber por parte dos setores da saúde pública a mesma atenção que os serviços assistenciais. Caso contrário, estima-se que o número de pessoas que morrerão prematuramente em decorrência das neoplasias. Acredita-se, inclusive, que, no futuro, o câncer possa vir a se tornar um obstáculo importante para o desenvolvimento socioeconômico de países como o Brasil.

Declaração Mundial contra o Câncer

A Declaração Mundial contra o Câncer, documento que estabelece metas para a redução do impacto da doença até 2020, em todo o mundo. Desde então, a União Internacional de Controle do Câncer (UICC), maior organização mundial de combate ao câncer, assumiu o protagonismo da causa e vem atuando para que autoridades públicas, instituições e também a comunidade civil dos diversos países inclua em suas agendas os objetivos arrolados no documento. O assunto requer os esforços concentrados de todo esses atores, uma vez que se não forem adotadas medidas que garantam soluções de alcance amplo e de longo prazo, o cenário futuro será sombrio, pois as estimativas de organismos internacionais de saúde revelam que haverá 26 milhões de novos casos e 17 milhões de óbitos por ano no mundo em 2030. A maior parte das vítimas (2/3) vai estar em países em desenvolvimento.

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